Caros casais das equipes do ECC da Catedral, alegria e paz!
Há mais de três meses estamos vivendo o chamado isolamento social. Podemos dizer que não tem sido fácil ter de conviver com o fantasma da COVID-19. Porém, acredito que na Trindade encontramos o refrigério para a nossa vida de oração.
Quando assim procedemos, não só ressignificamos a nossa vida interior, mas damos sentido para a vida dos que se aproximam de nós, dos que convivem conosco, através do testemunho que brota de nossos corações, a partir de uma intimidade com o Cristo, através da oração.
Como já refletimos em outros momentos, a cada dia se torna mais do que evidente, que para que tenhamos uma formação sólida no que diz respeito à nossa espiritualidade, é necessário abrirmo-nos à ação do Espírito Santo.
Quando nos deixamos guiar pela ação do Espírito Santo, apesar de nossos pecados, permitimos que a nossa vida seja unida à vida de Jesus. Em outras palavras, se realiza em nós a graça de nos tornarmos novas criaturas.
Para a Igreja, bem como para o movimento Encontro de Casais com Cristo – ECC – é evidente que a terceira pessoa da Santíssima Trindade tenha um lugar privilegiado com o Pai e o Filho, pois é na Trindade, comunidade perfeita, que a espiritualidade conjugal pode ter o sentido de ser e existir.
Quando afirmamos que na formação dos casais devemos e podemos recorrer ao Espírito Santo, permitimos que em nós mesmos se concretize o que para os homens parece ser impossível, ou seja, uma reconstrução de um matrimônio, a saúde aos enfermos, o fim de uma pandemia, etc.
“Para Deus, com efeito, nada é impossível” (Lc 1,37). Sendo assim, a santidade conjugal, mais do que uma meta, mas um estilo de vida abraçado a dois, se torna possível, quando o casal se dispõe a uma formação contínua, e reconhece que no pano de fundo desta formação deve estar sempre presente o Espírito Santo.
Por que pedimos o auxílio do Espírito Santo? Porque reconhecemos que auxiliados por Ele, podemos viver a comunhão com Deus, e com o próximo. Eis aí a missão do Espírito Santo: animar, consolar, unir as nossas vidas à vida de Jesus. Dar a todos os que temem ao Senhor, um coração novo e um Espírito novo (cf. Ez 36,26).
Procedendo desta maneira, tornamo-nos dóceis ao Espírito Santo, e com lucidez respondemos ao Senhor que nos chama à santidade.
Transfigurados que somos por causa do sacramento do Batismo que recebemos, podemos viver o amor divino, e de modo particular, o casal, na vida conjugal, é chamado a cultivar este dom.
Não nos esqueçamos: uma vez que recebemos o dom de viver, a Jesus precisamos responder: “Senhor, eu quero fazer a Tua vontade”. Esta resposta só terá sentido, se entendermos que a vida dos que decidiram se formar por Jesus deverá ter como protagonista o Espírito Santo.
No Espírito de Jesus, Pe. Márcio Felipe.